quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Desejo um Bom Natal

Desejo um bom Natal deixando aqui um conto que até não é de Natal, mas que achei de grande interesse, é de NEALE DONALD, autor de Conversas com Deus e eu simplesmente adoro este texto.






A Pequena alma

Era uma vez, em tempo nenhum, uma Pequena Alma que disse a Deus:
- Eu sei quem sou!
E Deus disse:
- Que bom! Quem és tu?
E a Pequena Alma gritou:
- Eu sou Luz
E Deus sorriu.
- É isso mesmo! - exclamou Deus. Tu és Luz!
A Pequena Alma ficou muito contente, porque tinha descoberto aquilo que todas as almas do Reino deveriam descobrir.
- Uauu, isto é mesmo bom! - disse a Pequena Alma.
Mas, passado pouco tempo, saber quem era já não lhe chegava. A pequena Alma sentia-se agitada por dentro, e agora queria ser quem era. Então foi ter com Deus ( o que não é má ideia para qualquer alma que queira ser Quem Realmente É ) e disse:
- Olá Deus! Agora que sei Quem Sou, posso sê-lo?
E Deus disse:
- Quer dizer que queres ser Quem já És?
- Bem, uma coisa é saber Quem Sou, e outra coisa é sê-lo mesmo. Quero sentir como é ser a Luz! - respondeu a pequena Alma.
- Mas tu já és Luz - repetiu Deus, sorrindo outra vez.
- Sim, mas quero senti-lo! - gritou a Pequena Alma.
- Bem, acho que já era de esperar. Tu sempre foste aventureira - disse Deus com uma risada. Depois a sua expressão mudou.
- Há só uma coisa...
- O quê? - perguntou a Pequena Alma.
- Bem, não há nada para além da Luz. Porque eu não criei nada para além daquilo que tu és; por isso, não vai ser fácil experimentares-te como Quem És, porque não há nada que tu não sejas.
- Hã? - disse a Pequena Alma, que já estava um pouco confusa.
- Pensa assim: tu és como uma vela ao Sol. Estás lá, sem dúvida. Tu e mais milhões, ziliões de outras velas que constituem o Sol. E o Sol não seria o Sol sem vocês. “Não seria um sol sem uma das suas velas... e isso não seria de todo o Sol, pois não brilharia tanto. E no entanto, como podes conhecer-te como a Luz, quando estás no meio da Luz? - eis a questão”.
- Bem, tu és Deus. Pensa em alguma coisa! - disse a Pequena Alma, mais animada.
Deus sorriu novamente.
- Já pensei. Já que não podes ver-te como a Luz quando estás na Luz, vamos rodear-te de escuridão - disse Deus.
- O que é a escuridão? perguntou a Pequena Alma.
- É aquilo que tu não és - replicou Deus.
- Eu vou ter medo do escuro? - choramingou a Pequena Alma.
- Só se o escolheres. Na verdade não há nada de que devas ter medo, a não ser que assim o decidas. Porque estamos a inventar tudo. Estamos a fingir.
- Ah! - disse a Pequena Alma, sentindo-se logo melhor.

Depois Deus explicou que, para se experimentar o que quer que seja, tem de aparecer exactamente o oposto.
- É uma grande dádiva, porque sem ela não poderíamos saber como nada é – disse Deus. Não poderíamos conhecer o Quente sem o Frio, o Alto sem o Baixo, o Rápido sem o Lento. Não poderíamos conhecer a Esquerda sem a Direita, o Aqui sem o Ali, o Agora sem o Depois. E por isso, - continuou Deus - quando estiveres rodeada de escuridão, não levantes o punho nem a voz para amaldiçoar a escuridão.
“Sê antes uma Luz na escuridão, e não fiques furiosa com ela. Então saberás Quem Realmente És, e os outros também o saberão. Deixa que a tua Luz brilhe tanto que todos saibam como és especial!”
- Então posso deixar que os outros vejam que sou especial? - perguntou a Pequena Alma.
- Claro! - Deus riu-se. Claro que podes! Mas lembra-te de que “especial” não quer dizer “melhor”! Todos são especiais, cada qual à sua maneira! Só que muitos esqueceram-se disso. Esses apenas vão ver que podem ser especiais quando tu vires que podes ser especial!
- Uau! - disse a Pequena Alma, dançando e saltando e rindo e pulando.
Posso ser tão especial quanto quiser!
- Sim, e podes começar agora mesmo - disse Deus, também dançando e saltando e rindo e pulando juntamente com a Pequena Alma - Que parte de especial é que queres ser?
- Que parte de especial? - repetiu a Pequena Alma. Não estou a perceber…
- Bem, - explicou Deus - ser a Luz é ser especial, e ser especial tem muitas partes:
É especial ser bondoso. É especial ser delicado. É especial ser criativo. É especial ser paciente.
Conheces alguma outra maneira de ser especial?
A Pequena Alma ficou em silêncio por um momento.
- Conheço imensas maneiras de ser especial! - exclamou a Pequena Alma
É especial ser prestável. É especial ser generoso. É especial ser simpático. É especial ser atencioso com os outros.
- Sim! - concordou Deus. E tu podes ser todas essas coisas, ou qualquer parte de.
- Eu sei o que quero ser, eu sei o que quero ser! - proclamou a Pequena Alma com grande entusiasmo. Quero ser a parte de especial chamada “perdão”. Não é ser especial alguém que perdoa?
- Ah, sim, isso é muito especial - assegurou Deus à Pequena Alma.
- Está bem. É isso que eu quero ser. Quero ser alguém que perdoa. Quero experimentar-me assim - disse a Pequena Alma.
- Bom, mas há uma coisa que devias saber — disse Deus.
A Pequena Alma já começava a ficar um bocadinho impaciente. Parecia haver sempre alguma complicação.
- O que é? - suspirou a Pequena Alma.
- Não há ninguém a quem perdoar.
- Ninguém? A Pequena Alma nem queria acreditar no que tinha ouvido.
- Ninguém! - repetiu Deus. Tudo o que Eu fiz é perfeito. Não há uma única alma em toda a Criação menos perfeita do que tu. Olha à tua volta!
Foi então que a Pequena Alma reparou na multidão que se tinha aproximado. Outras almas tinham vindo de todos os lados, de todo o Reino, porque tinham ouvido dizer que a Pequena Alma estava a ter uma conversa extraordinária com Deus, e todas queriam ouvir o que eles estavam a dizer.
Olhando para todas as outras almas ali reunidas, a Pequena Alma teve de concordar: Nenhuma parecia menos maravilhosa, ou menos perfeita do que ela. Eram de tal forma maravilhosas, e a sua Luz brilhava tanto, que a Pequena Alma mal podia olhar para elas.
- Então, perdoar quem? – perguntou Deus.
- Bem, isto não vai ter piada nenhuma! - resmungou a Pequena Alma . Eu queria experimentar-me como Aquela que Perdoa. Queria saber como é ser essa parte de especial.

E a Pequena Alma aprendeu o que é sentir-se triste.
Mas, nesse instante, uma Alma Amiga destacou-se da multidão e disse:
- Não te preocupes, Pequena Alma, eu vou ajudar-te - disse a Alma Amiga.
Vais? - a Pequena Alma animou-se. Mas o que é que tu podes fazer?
- Ora, posso dar-te alguém a quem perdoares!
- Podes?
- Claro! - disse a Alma Amiga, alegremente. Posso entrar na tua próxima vida física e fazer qualquer coisa para tu perdoares.
- Mas porquê? Porque é que farias isso? - perguntou a Pequena Alma. Tu, que és um ser tão absolutamente perfeito! Tu, que vibras a uma velocidade tão rápida a ponto de criar uma Luz de tal forma brilhante que mal posso olhar para ti!
O que é que te levaria a abrandar a tua vibração para uma velocidade tal que tornasse a tua Luz brilhante numa luz escura e baça? O que é que te levaria a ti, que danças sobre as estrelas e te moves pelo Reino à velocidade do pensamento, a entrar na minha vida e a tornares-te tão pesada a ponto de fazeres algo de mal?
- É simples - disse a Alma Amiga. Faço-o porque te amo.
A Pequena Alma pareceu surpreendida com a resposta.
- Não fiques tão espantada - disse a Alma Amiga .Tu fizeste o mesmo por mim. Não te lembras? Ah, nós já dançámos juntas, tu e eu, muitas vezes. Dançámos ao longo das eternidades e através de todas as épocas. Brincámos juntas através de todo o tempo e em muitos sítios. Só que tu não te lembras. Já fomos ambas o Todo. Fomos o Alto e o Baixo, a Esquerda e a Direita. Fomos o Aqui e o Ali, o Agora e o Depois. Fomos o Masculino e o Feminino, o Bom e o Mau. Fomos ambas a vítima e o vilão. Encontrámo-nos muitas vezes, tu e eu; cada uma trazendo à outra a oportunidade exacta e perfeita para Expressar e Experimentar Quem Realmente Somos.
E assim, - a Alma Amiga explicou mais um bocadinho - eu vou entrar na tua próxima vida física e ser a “má”, desta vez.
Vou fazer alguma coisa terrível, e então tu podes experimentar-te como Aquela Que Perdoa.
- Mas o que é que vais fazer que seja assim tão terrível? - perguntou a Pequena Alma, um pouco nervosa.
- Oh, havemos de pensar nalguma coisa - respondeu a Alma Amiga, piscando o olho.
Então a Alma Amiga pareceu ficar séria, e disse numa voz mais calma: Mas tens razão acerca de uma coisa, sabes?
- Sobre o quê? - perguntou a Pequena Alma.
- Eu vou ter de abrandar a minha vibração e tornar-me muito pesada para fazer esta coisa não muito boa. Vou ter de fingir ser uma coisa muito diferente de mim. E por isso, só te peço um favor em troca.
- Oh, qualquer coisa, o que tu quiseres! - exclamou a Pequena Alma. E começou a dançar e a cantar: Eu vou poder perdoar, eu vou poder perdoar!
Então a Pequena Alma viu que a Alma Amiga estava muito quieta.
- O que é? - perguntou a Pequena Alma. O que é que eu posso fazer por ti? És um anjo por estares disposta a fazer isto por mim!
- Claro que esta Alma Amiga é um anjo! - interrompeu Deus, - são todas! Lembra-te sempre: Não te enviei senão anjos.
E então a Pequena Alma quis mais do que nunca satisfazer o pedido da Alma Amiga.
- O que é que posso fazer por ti?
- No momento em que eu te atacar e atingir, - respondeu a Alma Amiga – no momento em que eu te fizer a pior coisa que possas imaginar, nesse preciso momento...
- Sim? - interrompeu a Pequena Alma. Sim?
A Alma Amiga ficou ainda mais quieta.
- Lembra-te de Quem Realmente Sou.
- Oh, não me hei-de esquecer! - gritou a Pequena Alma. Prometo! Lembrar-me-ei sempre de ti tal como te vejo aqui e agora.
- Que bom - disse a Alma Amiga - porque, sabes, eu vou estar a fingir tanto, que eu própria me vou esquecer. E se tu não te lembrares de mim tal como eu sou realmente, eu posso também não me lembrar durante muito tempo. E se eu me esquecer de Quem Sou, tu podes esquecer-te de Quem És, e ficaremos as duas perdidas. Então, vamos precisar que venha outra alma para nos lembrar às duas Quem Somos.
- Não vamos, não! - prometeu outra vez a Pequena Alma. Eu vou lembrar-me de ti! E vou agradecer-te por esta dádiva – a oportunidade que me dás de me experimentar como Quem Eu Sou.

E assim o acordo foi feito.
E a Pequena Alma avançou para uma nova vida, entusiasmada por ser a Luz, que era muito especial, e entusiasmada por ser aquela parte especial a que se chama Perdão.
E a Pequena Alma esperou ansiosamente pela oportunidade de se experimentar como Perdão, e por agradecer a qualquer outra alma que o tornasse possível.
E, em todos os momentos dessa nova vida, sempre que uma nova alma aparecia em cena, quer essa nova alma trouxesse alegria ou tristeza - principalmente se trouxesse tristeza - a Pequena Alma pensava no que Deus lhe tinha dito:

Lembra-te sempre - Deus aqui tinha sorrido - não te enviei senão anjos.

domingo, 4 de outubro de 2009

A Guerreira que há em mim

Pode até haver dias em que me sinto cansada, mas tal não significa que eu me deixasse vencer pelo cansaço, pode haver dias em que estou confusa mas nunca deixo de caminhar. O sabor da solidão me tornam por vezes uma mulher frágil, mas a guerreira que há em mim não perde a força e vontade de seguir em frente.




Todo guerreiro da Luz já ficou com medo de entrar em combate.

Todo guerreiro da Luz já traiu e mentiu no passado.

Todo guerreiro da Luz já perdeu a fé no futuro.

Todo guerreiro da Luz já trilhou um caminho que não era o dele.

Todo guerreiro da Luz já sofreu por bobagens.

Todo guerreiro da Luz já achou que não era um guerreiro da Luz.

Todo guerreiro da Luz já falhou em suas obrigações espirituais.

Todo guerreiro da Luz já disse SIM quando seu coração pedia que dissesse NÃO.

Todo guerreiro da Luz já feriu profundamente alguém que amava.

Por isso é que é um Guerreiro da Luz. Porque passou por estes desafios e não perdeu a Esperança de se tornar melhor. Para todos, muito amor e fé, para que reacendam a Esperança em seus corações.


Paulo Coelho

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Wishlist



Por sugestão de um amigo (meu maninho virtual Swa), fiz a minha wishlist em Março deste ano.


Agora com o Verão a finalizar, com tanta mudança, ansiedade e confusão, resolvi recapitular a minha vida e o que tenho feito este ano resolvi reaver a minha lista já esquecida:





Familia


-Ser mais tolerante com a minha mãe ;

-Ensinar mais coisas à minha filha;


Formação:


-Entrar no ensino superior (mais precisamente em arquitectura);


-Acabar o curso de fotografia;


-Ser mais eficiente no meu trabalho;


-Acabar o livro que comecei a ler há meses e ler mais dois;


-Tirar o nivel 2 de Reiki;


-Experimentar o yoga;



Pessoais


-Ir ao cinema sozinha;


-Fazer uma viagem;


-Comprar um jardim zen;


-Ir à esteticista a uma sessão de massagens;


-Fazer uma caminhada a um sitio desconhecido.



Estupidices


-Comer uma toranja;


-Sair de casa para ir a algum lugar descalça.



Platónicas


-Fazer amor com o meu príncipe...









Xiiii, taaanta coisa!





Huuuum, o que consegui fazer?


-Ser mais tolerante com a minha, ainda não foi o suficiente mas chego lá;


-Ensinar mais coisas à minha filha, tb nunca é o suficiente, mas não me porto mal :-)


- ENTREI, em Comunicação Social e Cultura (pronto, não foi Arquitectura, mas também acho que tem a ver comigo, senão gostar tento outra coisa para o ano, afinal não tenho pressa de ir a algum lado), já fui ao cinema sozinha, já acabei de ler o livro (mas dai a ler mais dois), consegui comer uns dois gumes da toranja, será que conta?


Ainda preciso ser mais eficiente no meu trabalho, estou a ter progressos :-)


O curso de fotografia? Ai, estou a ficar sem tempo, massagens, yoga, andar descalça, caminhada, Reiki, fazer amor? Acho que já nem tenho o meu príncipe :-(





De qualquer forma, foi bom rever a minha lista, uma preciosa ajuda para feflectir ;-)

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Sentimentos que fluem


Abres os olhos e adormeces,
Fecho os meus e sonho contigo!
Desenho os meus pensamentos,
Pinto os meus desejos
Sinto-te presente
E permito-me voar!

Cada gota da tua ternura
Arranca-me o medo de amar.
A magnificência do teu ser
Desperta os meus sentidos
Levando-me até ao êxtase.
Deixo-me envolver
Ao ritmo da tua respiração!

Procuro o teu olhar,
Uma expressão...
Mas não encontro!
O desejo de ter é mais
Do que eu posso ter,
Pois tu não estás aqui,
Nunca estiveste...

sábado, 21 de fevereiro de 2009


Por momentos

Senti a magia da tua presença,


Por momentos

Pensei que a ponte entre nós fosse indestrutivel,


Por momentos

Julguei que não estava mais ao frio...

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Eco da Vida



Não sei quem escreveu este conto lindíssimo!









Eco da Vida
Um pequeno rapaz caminhava pelas montanhas com o seu pai.De repente o rapaz cai, magoa-se e grita:- Aai!!!Para sua surpresa ouve a voz a repetir-se em algum lugar da montanha:- Aai!!!Curioso pergunta: - Quem és tu?Recebe como resposta: - Quem és tu?Contrariado grita: - Seu covarde!!!Escuta como resposta: - Seu covarde!!!Olha para o pai e pergunta aflito: - O que é isso?O pai sorri e fala: - Meu filho, presta atenção!!!Então o pai grita em direção a montanha: - Eu admiro-te!A voz responde: - Eu admiro-te!De novo o homem grita: - Tu és um campeão!A voz responde: - Tu és um campeão!O rapaz fica espantado sem entender nada.Então o pai explica:As pessoas chamam isto de Eco , mas na verdade isto é a vida.Ela dá-te de volta tudo que dizes ou fazes.Nossa vida é simplesmente o reflexo das nossas acções.Se queres mais amor no mundo, cria mais amor no teu coração.Se queres mais responsabilidade da tua equipa, desenvolve a tua responsabilidade.Se queres mais tolerância das pessoas, sê mais tolerante.Se queres mais alegria no mundo, sê mais alegre.Tanto no plano pessoal quanto no profissional, a vida vai-te dar de volta o que lhe deste a ela.





A tua vida não é uma coincidência, a tua vida é a consequência de ti mesmo!Recebes dos outros aquilo que lhes dás. Não podes querer que te retribuam Amor, Carinho e Amizade se não tiveres estes valores dentro do teu coração.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

De mim para mim


Hoje eu vou cantar o meu poema

Vou dançar ao som da minha voz

Hoje eu vou admirar a minha arte

Apreciar o meu encanto
Mikas

sábado, 10 de janeiro de 2009

Mar de Prata


Sou como o mar de prata
que paira num dia cinzento,
os raios de sol caiem sobre mim
mas não me aquecem...
Uma brisa suavemente acaricia-me,
sinto o aconchego de um silencio sombrio.
Torna-se gélida a minha alma,

nostálgicos os meus sentidos.

Mikas



quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Ilha de Vidro


Aqui neste lugar
eu sou princesa,
sou sacerdotisa,
sou a fada
com as asas maceradas
pelo cansaço da vida
que reaprendeu a voar

Aqui neste lugar
eu danço
com os pés submersos na água salgada
ao som do vento,
dos ecos das montanhas

Aqui neste lugar
através dos meus olhos de cristal,
observo a luz desfragmentar-se
num arco íris de cores fascinantes,
que trespassando todo o meu ser
me tornam transparente.

Despojada de qualquer conceito
aqui flutuo sobre a minha solidão

Aqui,
Apenas aqui,
Na Ilha de Vidro
Mikas